Na madrugada desta segunda-feira, 29, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, foi eleito para um novo mandato. O chavista obteve pouco mais de 5 milhões de votos. Edmundo González, da oposição, obteve 4,4 milhões.
Ainda de acordo com o CNE, 80% das seções eleitorais foram apuradas. Os 20% restantes não foram informados, segundo o conselho, porque houve invasão do sistema de apuração do país.
Mais cedo, uma das líderes da oposição na Venezuela, Delsa Solórzano, acusou o CNE de parar de transmitir as apurações dos votos nas eleições presidenciais. Conforme a opositora de Maduro, os fiscais do pleito estavam sendo impedidos de entrar nas seções para obterem as atas dos votos.
“As testemunhas não foram autorizadas a entrar no CNE”, afirmou Delsa Solórzano. “Há um número significativo de centros de votação onde estão removendo nossas testemunhas. E isso é um padrão.”
Líder da oposição pede a Maduro que respeite a vontade popular
Ao pedir resiliência à população, a opositora destacou a importância do momento eleitoral do país. “Hoje, a Venezuela já sabe o que aconteceu, e o que aconteceu nada mais é do que o espelho de uma campanha eleitoral maravilhosa, acompanhada por milhões de pessoas”, disse. “Quero reiterar às nossas testemunhas na seção eleitoral que elas não saiam dos centros de votação até que tenham a ata em mãos.”
Ela disse também que a Venezuela pode comemorar pacificamente o resultado das eleições. “O que aconteceu é que a Venezuela hoje pode celebrar em paz o exercício da democracia”, afirmou.
Delsa Solórzano ressaltou que a vontade dos eleitores foi claramente expressa e reafirmou o compromisso de defendê-la.