O início do funcionamento da tecnologia 5G pode ser adiado nas capitais brasileiras. O Grupo de Acompanhamento das Obrigagações da Faixa de 3,5 GHz (Gaispi) aprovou, na quarta-feira 11, um prazo adicional de 60 dias para as operadoras começarem a rodar a tecnologia. Assim, o novo limite seria estendido para o dia 29 de setembro.
Apesar do novo prazo, o conselheiro da Anatel e presidente do Gaispi, Moisés Moreira, afirmou ao jornal Estado de S. Paulo que o sinal 5G poderá começar a funcionar em centros urbanos dentro do período previsto originalmente, 31 de julho. De acordo com Moreira, a medida foi tomada por “cautela”.
Segundo ele, as empresas relataram escassez de equipamentos necessários para a implantação do 5G. É o caso do aparelho que funciona como filtro nas antenas profissionais, para que não haja interferência com o sinal do 5G.
A decisão ainda precisa ser avaliada pelo conselho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
Em nota, a agência reforçou que o prazo adicional foi adotado pela “impossibilidade de entrega de equipamentos pela indústria”, especialmente para a mitigação de interferências nas estações satelitais, dentro do prazo original. Segundo o órgão, a justificativa é que o lockdown na China, a escassez de semicondutores, as limitações do transporte aéreo e a demora no desembaraço aduaneiro trouxeram impactos ao projeto.
A Anatel acrescentou que o edital do leilão do 5G já previa prorrogação do prazo por 60 dias, desde que constatadas dificuldades técnicas. “Nesse período, o Gaispi seguirá avaliando todas as possibilidades e iniciativas que levem à antecipação da liberação do uso da faixa em determinadas áreas de prestação que se mostrem viáveis”, informou.
A tecnologia 5G é a quinta geração das redes de comunicação móveis. Ela promete velocidades até 20 vezes superiores às da 4G.