Conforme apuração do jornal Folha de S.Paulo, a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Nova York, na segunda quinzena deste mês, vai custar aos cofres públicos aproximadamente R$ 8,5 milhões.
Lula vai aos Estados Unidos para discursar na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). O jornal chegou ao valor a partir de uma apuração com o Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty).
No mesmo documento obtido pela imprensa, consta pedido do Itamaraty de uma verba de aproximadamente R$ 200 milhões para despesas com pagamento de funcionários e aluguel de embaixadas e consulados no exterior.
O jornal Gazeta do Povo procurou o ministério, que disse não ter detalhes da viagem para o evento da ONU nem da programação de Lula na cidade norte-americana. O Itamaraty afirmou que os dados serão divulgados às vésperas do embarque.
Há um ano, Lula fez parada em Cuba
Em 2023, Lula também compareceu ao evento da ONU. Na época, a viagem custou R$ 16 milhões. O orçamento supera o deste ano em razão de uma estada ocorrida em Cuba. Na ocasião, Lula foi a Havana participar da cúpula de líderes do G77+China.
De acordo com a tradição diplomática, os presidentes brasileiros são os chefes de Estado que abrem os discursos. Neste ano, o evento será realizado de 24 a 30 de setembro.
O tema central será “Não deixar ninguém para trás: agindo juntos para o avanço da paz, do desenvolvimento sustentável e da dignidade humana para as gerações presentes e futuras”.
Ministérios dizem não ter informações
A Casa Civil não quis comentar detalhes sobre a viagem de Lula a Nova York. Além disso, a assessoria do gabinete chefiado pelo ministro Rui Costa não soube informar quantas pessoas estarão na comitiva.
Perguntada se a viagem levará, juntos, ministros e a primeira-dama Janja da Silva, a Casa Civil recomendou aos jornalistas que procurassem informações no Itamaraty. Acrescentou, ainda, desconhecer os hotéis reservados e as respectivas diárias.
O Ministério do Planejamento e Orçamento foi outro órgão que a imprensa consultou, pois é a área que recebe o pedido de crédito por parte do Itamaraty.
A pasta afirmou que só pode se manifestar sobre créditos orçamentários quando a proposta estiver formalizada e divulgada publicamente.