A líder opositora María Corina Machado e o candidato Edmundo González Urrutia contestaram os resultados eleitorais anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) neste domingo, 28, que declararam a vitória de Nicolás Maduro na Venezuela com 51,2% dos votos.
“Hoje queremos dizer a todos os venezuelanos e ao mundo inteiro que a Venezuela tem um novo presidente eleito e é Edmundo Gonzalez Urrutia”, afirmou María Corina na madrugada desta segunda-feira, 29.
“Já ganhamos e todo mundo já sabe”, acrescentou. “Isso tem sido algo tão grande e abrumador que ganhamos em todos os cantos do país, em todas as cidades do país, em todos os Estados do país.”
A oposição venezuelana alega que Edmundo González Urrutia foi o verdadeiro vencedor das eleições, com 70% dos votos.
O CNE, controlado pelo chavismo, anunciou que, com 80% das urnas apuradas, Maduro obteve 51,2% dos votos, enquanto Urrutia alcançou 44,2%. No entanto, a votação ainda não foi certificada por observadores internacionais e há pressão diplomática para auditoria dos resultados.
“Sabemos o que aconteceu hoje”, disse María Corina. “Neste momento temos mais de 40% das atas. Estamos recebendo todas as atas que o CNE transmitiu e todas as informações coincidem que Edmundo recebeu 70% dos votos e Maduro 30% dos votos, esse é a verdade. E essa é a eleição com a maior margem de vitória. Parabéns Edmundo.”
“Quando digo que quando todo mundo sabe o que aconteceu aqui, me refiro ao próprio regime”, acrescentou a opositora. “Eles sabem o que pretendem fazer. Isso sabe toda a comunidade internacional, até mesmo os aliados. Todos sabem que os venezuelanos votaram por uma mudança.”
A líder opositora também comentou o papel das Forças Armadas nas eleições. “O dever da Força Armada Nacional é fazer respeitar a soberania do voto”, disse.
“Quero pedir a cada um dos nossos mesários e fiscais que daí ninguém sai, e peço a toda a comunidade da Venezuela que vá em família acompanhar a apuração em todos os centros de votação”, pediu María Corina. “Seguimos registrando a vitória de Edmundo González Urrutia em toda parte de Venezuela e é abrumadora.”