Nesta sexta-feira (24), a Suprema Corte dos Estados Unidos anulou, as proteções constitucionais para o aborto legal, que estavam em vigor há quase 50 anos. A decisão dá aos estados o poder de permitir, limitar ou banir completamente a prática.
A decisão veio no parecer do tribunal em Dobbs v. Jackson Women’s Health Organization, que se concentrou em uma lei do Mississippi que proibia o aborto após 15 semanas de gravidez. O estado do Mississippi, liderado pelos republicanos, pediu à Suprema Corte que derrubasse uma decisão de primeira instância que impedia a proibição do aborto de 15 semanas.
O entendimento da nova decisão foi o de que a Roe contra Wade foi decidida erroneamente uma vez que a Constituição dos Estados Unidos não faz menções específicas sobre o aborto. Quando a decisão foi tomada, em 1973, os juízes entenderam que o direito ao respeito à vida privada garantido pela Constituição se aplicava ao aborto.
A nova decisão não representa uma proibição automática da prática nos Estados Unidos. No entanto, cerca de 26 estados conservadores, a maioria no centro e sul do país, como Wyoming, Tennessee e Carolina do Sul, estão prontos para proibir a prática por completo.