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Terça-feira, 15 de Outubro de 2024

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Moraes decide investigar troca de mensagens entre seu ex-assessor do TSE e juiz auxiliar

O magistrado abriu um inquérito para apurar as conversas divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo

Moraes decide investigar troca de mensagens entre seu ex-assessor do TSE e juiz auxiliar
Reprodução/Redes sociais
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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu investigar as mensagens trocadas entre Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e Airton Vieira, juiz auxiliar na Suprema Corte. O inquérito foi aberto na última segunda-feira, 19.  

Recentemente, o ministro recebeu apoio do presidente do STF, Luís Roberto Barroso; e do decano da Corte, Gilmar Mendes. No mesmo dia, Moraes afirmou que “nenhuma das matérias preocupa” seu gabinete e que tudo está documentado. 

A ação de Moraes fez a Polícia Federal (PF) intimar Eduardo Tagliaferro para depor, na quinta-feira 22, em São Paulo.

Advogado de Tagliaferro diz estar surpreso com a decisão de Alexandre de Moraes 
Eduardo Kuntz, advogado de Tagliaferro, enviou um ofício a Moraes. Ele afirma estar surpreso com a investigação e convocação para o depoimento.

Além disso, o advogado solicitou “acesso total e irrestrito aos elementos de informação” do procedimento. Ele alegou que, sem isso, o processo poderia ser prejudicado.

As ordens solicitadas pelo ministro e seus assessores a Tagliaferro eram informais. As mensagens mostram que os assessores de Moraes estavam cientes dos riscos dessa informalidade.

Em um dos áudios, Airton Vieira afirma que, “formalmente, se alguém for questionar, vai ficar uma coisa muito descarada”. “Como um juiz instrutor do Supremo manda [um pedido] para alguém lotado no TSE e esse alguém, sem mais nem menos, obedece e manda um relatório, entendeu? Ficaria chato.”

As mensagens ainda revelam que o órgão de combate à desinformação do TSE foi usado para abastecer o Inquérito das Fake News. Um policial militar no gabinete de Moraes solicitou à assessoria informações sobre uma pessoa que faria uma obra na casa do ministro — uma questão fora do escopo do órgão.

Em outro episódio, Moraes usou o órgão para levantar dados e produzir relatórios contra manifestantes que insultaram ministros do Supremo durante um evento privado em Nova York (EUA).

FONTE/CRÉDITOS: Revista Oeste

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