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Segunda-feira, 20 de Outubro de 2025

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Enquanto se falava em ‘golpe’ , China comprava a maior reserva de urânio do Brasil

O acordo inclui a transferência de 100% das ações de mineradora, que possui reservas de estanho estimadas para durar um século, além de outros minerais estratégicos.

Enquanto se falava em ‘golpe’ , China comprava a maior reserva de urânio do Brasil
Wilson Dias/Agência Brasil
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Enquanto o Brasil discute supostas tentativas de golpe e lida com os impactos de decisões econômicas do governo Lula, que levaram o dólar a ultrapassar R$ 6, uma operação bilionária chamou a atenção na Amazônia. A mineradora Taboca, que explora uma das maiores reservas de estanho do país, localizada em Presidente Figueiredo (AM), foi adquirida pela estatal chinesa CNT (China Nonferrous Trade) por US$ 340 milhões, o equivalente a mais de R$ 2 bilhões

A transação foi concluída na última terça-feira (26) entre a CNT e a Minsur S.A., empresa peruana que até então controlava a Taboca. O acordo inclui a transferência de 100% das ações da mineradora, que possui reservas de estanho estimadas para durar um século, além de outros minerais estratégicos, como nióbio e tântalo. Esses elementos são amplamente utilizados na fabricação de baterias, satélites, foguetes e outros produtos de alta tecnologia

A mina do Pitinga, operada pela Taboca desde 1969, também possui resíduos de urânio e tório, materiais considerados estratégicos e que dependem de autorização federal para exploração. Apesar disso, a Taboca afirma que, no momento, não há tecnologia viável para separar o urânio presente nos rejeitos da mina. A Constituição brasileira permite o uso da energia derivada do urânio apenas para fins pacíficos, o que adiciona mais complexidade ao negócio.

A reserva da Taboca é vista como uma das mais promissoras do país em rentabilidade nos próximos anos. Apesar da mudança de controle acionário, a mineradora afirmou que continuará comprometida com seus valores e propósitos. Segundo o comunicado, a venda proporcionará acesso a novas tecnologias, o que pode tornar a Taboca mais competitiva no mercado global.

FONTE/CRÉDITOS: Conexão Política

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