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Quinta-feira, 02 de Maio de 2024

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China Esconde Programa Militar Por Trás De Fachada Espacial, Alerta NASA

China Esconde Programa Militar Por Trás De Fachada Espacial, Alerta NASA
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China continua expandindo suas capacidades no espaço e encobre um programa espacial militar sob a aparência de um civil, afirmou o chefe da agência espacial dos Estados Unidos (NASA), Bill Nelson.

O gigante asiático “fez progressos extraordinários nos últimos 10 anos, mas são muito, muito secretos”, declarou Nelson perante uma comissão de gastos da Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano em Washington.

“Acreditamos que grande parte de seu chamado programa espacial civil é um programa militar”, prosseguiu.

“Eu esperaria que a China, o Programa Espacial Chinês, entrasse em razão e entendesse que o espaço civil destina-se a usos pacíficos. Mas não vimos a China demonstrar isso”, acrescentou.

Os Estados Unidos estão em uma “corrida” com Pequim, segundo Nelson, que enfatizou que seu país deve chegar à Lua antes dos chineses. “Minha preocupação é que, se a China chegar primeiro, de repente diga: ‘ok, este é nosso território, vocês ficam de fora’.”

“Cabe a nós chegarmos primeiro e utilizar nossos esforços de pesquisa para fins pacíficos”, assinalou Nelson.

Os EUA planejam enviar seus astronautas à Lua em 2026 com a missão Artemis 3. A China também espera enviar os seus em 2030.

Os Acordos de Artemis são um pacto que exige que a atividade espacial seja realizada com fins pacíficos e foi assinado por mais de 40 países, entre os quais a China não está incluída.

Nelson declarou aos congressistas norte-americanos por ocasião do pedido anual de orçamento para a NASA.

Questionado por um dos legisladores sobre as consequências de uma possível perda de liderança norte-americana no espaço para a China, Nelson assegurou que isso não deveria ocorrer. “Embora tenhamos que ser realistas. A China realmente investiu muito dinheiro nisso (…) Acho que simplesmente é melhor não baixarmos a guarda”, alertou. “Estamos em uma corrida”, afirmou Nelson.

Segundo a Inteligência de Defesa dos Estados Unidos, a China tem agora 499 satélites em órbita; mais do que o dobro do número em 2019. “Está investindo muito dinheiro em seu programa espacial e tem muito espaço para crescer. Sua ciência é boa, sua engenharia é boa e agora eles têm uma estação espacial”, reconheceu Nelson.

A estação espacial chinesa Tiangong, que está permanentemente habitada, foi concluída em 5 de novembro de 2022 após ser construída em três missões entre 2021 e 2022. Pequim, com vistas à exploração lunar, planeja enviar uma missão tripulada à Lua e construir uma base em sua superfície.

Em maio do ano passado, uma espaçonave chinesa concluiu quase um ano em órbita, totalizando 276 dias no espaço, e retornou ao centro de lançamento de Jiuquan, no noroeste da China, conforme programado. Esta nave, lançada pela primeira vez no início de agosto de 2022, completou sua missão sem revelar detalhes sobre sua natureza, as tecnologias testadas ou a altitude alcançada durante o voo.

Cooperação com a América Latina

Por outro lado, a Administração Nacional do Espaço da China (CNSA, na sigla em inglês) anunciou nesta quinta-feira a realização do primeiro Fórum de Cooperação Espacial China-América Latina e Caribe, que acontecerá na cidade chinesa de Wuhan entre os dias 24 e 26 de abril.

O evento, resultado de uma colaboração entre a CNSA, o Ministério das Relações Exteriores da China e o governo provincial de Hubei, contará com a presença de quase 90 delegados de 24 países e oito organizações internacionais, de acordo com a agência oficial Xinhua.

Entre os participantes estarão funcionários governamentais e representantes da indústria, entidades de pesquisa e do setor privado, que discutirão a “contribuição da infraestrutura espacial para o desenvolvimento social e econômico sustentável”, a “exploração do espaço profundo” e o “desenvolvimento inovador da cadeia industrial espacial”, entre outros temas.

A celebração do fórum coincidirá com o Dia do Espaço da China, comemorado em 24 de abril e estabelecido em 2016 para marcar o lançamento do primeiro satélite chinês em 1970.

FONTE/CRÉDITOS: Gazeta Brasil

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